sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Consciência hídrica: a imediata necessidade

                Muito embora nosso país detenha o maior potencial hídrico do Planeta Terra - o que pode ser nitidamente percebido pela vazão farta dos inúmeros rios brasileiros, pelos substanciais aqüíferos, bem como pelas muitas nascentes encontradas em território nacional-, o abastecimento da população não ocorre de forma homogênea.
                 Em vista disso, algumas (muitas) regiões passam por períodos absurdamente longos de seca, a qual gera drásticas conseqüências para a população atingida. Desse modo, se faz preciso recorrer a poços, os quais quase sempre são insuficientes –em quantidade e em capacidade volumétrica- para suprir toda a demanda daquela população.  Além disso, como brilhantemente abordou Graciliano Ramos em sua obra “Vidas Secas”, os êxodos populacionais decorrentes de secas intensas ainda são recorrentes no Brasil contemporâneo.
                A adversa realidade proveniente dos períodos de seca é um tanto quanto irreal quando analisada à luz de quem nunca vivenciou o verdadeiro drama da falta de água. Um dia sem água –seja porque o encanamento estourou, seja por problemas na central de distribuição- já é o bastante para ficarmos extremamente irritados. Em decorrência da ilimitada disponibilidade de água devidamente tratada e canalizada de que dispomos, temos a obrigação de usufruir desse recurso de forma equilibrada.
                Para tanto, basta adotarmos simples atitudes em nosso dia-a-dia, tais como: fechar a torneira ao escovar os dentes, bem como fechar o chuveiro ao ensaboar os cabelos e o corpo; não é preciso deixar a mangueira aberta no momento em que ensaboamos o carro; para enxaguar o carro, use uma balde com água; ao varrer a calçada utilize a própria vassoura, não faça da mangueira uma vassoura.
                Vale salientar, sobretudo, a imediata necessidade de políticas governamentais - não só adequadas, mas também eficazes- com intuito de atender à população prejudicada pela escassez de água. Diante disso, caminhões-pipas são necessários, assim como a construção de poços artesianos em quantidade suficiente para bem atender àquela comunidade.
                Portanto, é de fundamental importância a consonância entre as políticas públicas governamentais e as nossas atitudes diárias para que os recursos hídricos possam ser devidamente resguardados para as gerações presentes e futuras.
Louise de Siqueira Tavares

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